23 de agosto | 2021
O retrofit, prática que surgiu na Europa como solução para a revitalização de prédios históricos protegidos por leis rígidas de preservação patrimonial, significa, em sumo, “renovar o antigo” .
O termo, hoje muito conhecido entre engenheiros e arquitetos em todo o mundo, tornou-se uma tendência, também, entre investidores de imóveis industriais e logísticos.
Com o aumento das populações nos centros urbanos e as transformações tecnológicas nas atividades industriais e comerciais, imóveis antigos acabam ficando obsoletos em sua estrutura, ao mesmo tempo em que mantém uma localização privilegiada, a despeito das modificações urbanas à sua volta.
Essa pode ser a deixa para que o proprietário de imóveis industriais invista em retrofit, modernizando instalações e recriando oportunidade de negócios para o local.
Para ter uma ideia da expansão do retrofit como solução construtiva, a Retha Imóveis, empresa especializada na concepção, implantação, gestão, locação e venda de galpões e condomínios logísticos tem entre as suas locações 20% de imóveis retrofitados, todos projetados pela própria Retha, que cuida, inclusive, de questões legais que a reforma possa envolver.
De acordo com Marino Mario da Silva, diretor-presidente da Retha, duas situações, em geral, justificam o retrofit: quando o imóvel não serve mais para o fim que se propunha, porém está bem localizado, assim como, quando está em zona urbana e o novo projeto não consegue alcançar a mesma metragem pela qual se tinha o direito adquirido, uma vez que o zoneamento mudou.
Porém, em relação aos custos do investimento, o executivo alerta que nem sempre um projeto de retrofit fica mais barato do que uma nova construção.
“Nessas duas situações é preciso que seja feita uma avaliação e um orçamento, para saber se justifica fazer um retrofit, pela localidade que o imóvel ocupa. Quando o custo é extremamente exagerado, é melhor demolir e fazer um novo projeto. O primeiro passo é fazer um levantamento minucioso de toda a infraestrutura que o prédio tem: elétrica, hidráulica, civil e fundação. Se tudo isso conseguir passar pelo retrofit e não ficar muito caro, justifica ir em frente”, explica.